Acreditamos que o fortalecimento da economia local pode ser um meio de se enfrentar a desigualdade social.
Por esse motivo a Amazonia Vital abre suas vitrines para artesãos de várias regiões do Brasil exporem e venderem sua peças.
Muitos são os povos e comunidades que se dedicam a trabalhos artesanais, e dessa arte obtém renda para seu sustento.
Além de produzirem arte, preservar as práticas e conhecimentos regionais, giram a roda da economia local.
O Eduardo é um exemplo da importância da circulação desse tipo de economia regional, ele vive em Palmas, começou colhendo capim e hoje é artesão de capim dourado, que é a haste de uma pequena flor branca que brota em campos do cerrado.
O capim dourado traduz o conhecimento e a arte que se originou com os indígenas Xerentes, passando pelos quilombolas e chegando aos artesãos, moradores da região do estado de Tocantins.
É uma referência também sobre a virtude humana colaborativa, em que cada artesão se especializa na produção de um determinado produto e juntos criam uma linha de itens que vai desde utensílios domésticos a bijuterias, abastecendo lojistas, consumidores finais, e empresas sediadas fora de nossa país.
Assim se deu a relação entre o Eduardo e a Amazonia Vital. Ao conhecermos a sua arte, ele indicou vários outros artesãos que fabricavam os itens que ele não trabalhava. Como alguns de seus vizinhos e colegas não dispunham da mesma facilidade dele em termos de contato com pessoas interessadas em sua arte, ele se dispunha a reunir os produtos de cada artesão e encaminhar pelo correio para nós.
Pedimos ao Eduardo que compartilhasse conosco um pouco de sua história.
Amazonia Vital – De onde surgiu a idéia de trabalhar com capim dourado?
Eduardo – Comecei colhendo capim dourado.
Ao ver muitas pessoas próximas fazendo esse artesanato, passei a fazer também e gostei muito.
Amazonia Vital – Quem te ensinou a trabalhar com capim dourado?
Eduardo – Parentes e amigos.
Amazonia Vital – Você trabalha sozinho?
Eduardo – Ultimamente trabalho só. Mas trabalhava com minha mãe e um grupo de colegas.
Amazonia Vital – Como as pessoas tomam conhecimento de seu trabalho?
Eduardo – Pelas redes sociais.
Amazonia Vital – Você trabalha com algo mais além do capim dourado?
Eduardo – No momento tenho outras ocupações, porque houve uma queda nas vendas do capim.
Amazonia Vital