De olho no mundo

A natureza é trabalho

Existe algo na natureza que não trabalhe?

Até mesmo o reino mineral, como a água, solo ou rochas parecem inertes e sem atividades.  No entanto, essas substâncias foram se transformando ao longo do tempo pela interação com o calor, pressão, entre inúmeros outros fatores, que se relacionam entre si incessantemente para seu aperfeiçoamento.

O que dirá então de nós humanos, nosso corpo não para de trabalhar, mesmo quando estamos dormindo nosso organismo está em atividade para a manutenção e perfeito funcionamento do corpo.

A natureza trabalha incansavelmente.  Para o sábio Sri Nisargadatta Maharaj, Trabalho é natureza, natureza é trabalho.

Se o trabalho é a essência da natureza, ouso dizer que a natureza é fruto do trabalho.

O trabalho nos convida ao aperfeiçoamento de nossas aptidões, ideias e ações. Através dele temos a oportunidade de sermos fator de soma no meio em que vivemos e de contribuir com a melhoria de algo além de nós mesmos.

A soma da força de vários indivíduos trabalhando em conjunto tem uma potência incrível capaz de nobres feitos ou lamentáveis destruições.

O trabalho nos dá vida, nos move, nos transforma. Como diz a música:

“Um homem sem trabalho se morre se mata, não dá pra ser feliz, não dá pra ser feliz…”

Como poderia ser diferente se no trabalho encontramos um sentido de vida. Seja na nossa própria construção, ajudando alguém, plantando, compondo, melhorando o que já existe, exercendo nosso talento em favor de nós mesmos e dos outros.

A natureza não tem dúvidas sobre sua função no mundo, a árvore, ao trabalhar para seu desenvolvimento, contribui com todos ao seu redor ao produzir frutos, sombra, abrigo…

Sim, o trabalho nos convida a refletir sobre nossas ações, o que temos feito com nosso potencial e nosso tempo, trabalhamos com o propósito de nos aperfeiçoar e contribuir? Ou simplesmente desenvolvemos uma atividade desprovida de valor e significado?

*Para Gibran,

“O trabalho é o amor tornado visível.

E o que é trabalhar com amor?

É tecer o tecido com fios desfiados de vosso próprio coração, como se vosso bem amado fosse usar esse tecido…”

 E se não sabeis trabalhar com amor mas com desagrado, é melhor deixardes o trabalho e sentar-vos à porta do templo a pedir esmola àqueles que trabalham com alegria…

 

Kelly Souza

*Khalil Gibran – Livro O profeta

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